quinta-feira, janeiro 19, 2006
o dia que quase perdi meu carro
Hoje tive um momento de desespero. Vi a chuva avançar o suficiente para a água cobrir os pneus do meu carro. Enquanto todos olhavam pela janela e comentavam, eu quase surtava. O pior, não tinha como ir salva-lo, pois não tinha como chegar até ele.

A chuva baixou e agora meu carro parece relaxado como se nada tivesse acontecido. Talvez estivesse ansiando por água e acabou na lama. Ainda não tive coragem de chegar pertinho dele e saber se houve algum dano. Espero que ele seja como meus homens: fortes.

Hoje foi um dia que eu não deveria ter saído de casa. Acordei virada do avesso, olhos fundos, olheiras e a cabeça prestes a explodir. Engoli uma aspirina e enterrei minha cabeça no travesseiro em busca de um mundinho mais confortável. Apaguei!

Acordei melhor, me enfiei numa ducha quase fria para tentar me animar e saí com um visual diferente. No trabalho a pergunta era se eu tinha mudado a cor dos cabelos ou se eu tinha cortado. Nenhum, nem outro. Apenas sequei diferente.

Ontem li um texto que resumindo era sobre viver o hoje como se não existisse o amanhã. O texto era muito bom, mas que raramente alguém coloca em prática. Não que não funcione, o que não funciona somos nós que achamos defeitos o tempo inteiro em tudo, tratamos as pessoas mais queridas nem sempre da forma mais apropriada. O texto falava sobre "amor" e é exatamente aí que mais pecamos. Sempre falo que devemos tratar nosso namorado como se fosse nosso melhor amigo. As coisas dariam muito mais certo. Mas não. A possessão sempre está a nossa volta permeada com nossas inseguranças tolas.

Eu já tive meus rompantes, já fiz muita chantagem emocional, já fiquei de mal por bobagens, já esperneei sem necessidade. E não adiantou muito. Só desgaste emocional e claro, no relacionamento. Somos, geralmente assim, mimadas e tolas.

Já falei várias vezes isso para mim: viver todo amor como se fosse o último. E vivi, porque sou intensa, porque mergulho, mas isso nem sempre foi a melhor opção, porque a intensidade muitas vezes cansa. Hoje prefiro uma sombrinha e água de coco.

O problema é que não somos práticas [especialmente as mulheres].

E chega de divagar, pois vou lá ver o que restou do meu carro e depois buscar um pouco de colo da minha mãe, porque estou precisando.

[post escrito em 19/01]

Postado por Desiree às 7:05 PM |