domingo, outubro 30, 2005
uma história real na minha vida

A maré parece melhor. O ritmo do trabalho diminuiu um pouco, estou conseguindo voltar a ler meus livros, fui em ótimos show nas últimas duas semanas, a casa está mais em ordem, descobri bandas novas deliciosas e o stress que andou me rodeando, também está indo embora.

O tal cara do post anterior virou amigo e já acertamos nossas arestas, assim como também dei o dedinho à minha amiga que o beijou e fizemos as pazes. A verdade é que sou a generosidade em pessoas [nem sempre, é melhor fazer este adendo].

Quem lê este blog, acha que minha vida gira em torno do universo masculino. Não é bem assim, mas os homens tem o dom de atormentar a minha vida. Ah, isso tem! Gosto deles e gosto de tê-los presente na minha vida. Talvez seja por isso que tenho tantos amigos do sexo masculino, por isso que meu pai é a figura mais forte da minha vida e por isso que meus dois melhores amigos são homens. Costumo me dar bem com eles e acho que me entendo melhor. Mulheres são geralmente complicadas, carregam síndromes diversas, gostam de concorrer, parecem ficar mais felizes e dispostas a estar com você, pois quando está tudo uma maravilha e você é o ser mais feliz do unverso, esse seu estado a irrita profundamente.

E claro, os homens [na minha visão] não são seres tão simples, mas são bem menos complicados, só fazem o que querem, não agradam por agradar, não ligam se não estão afim, são práticos e claro, são deliciosos.

Atualmente há alguns presentes na minha vida [além dos amigos e do meu pai, claro!]. É, homens com os quais eu tenho um interesse além do bate papo, da companhia para cinema ou café. Homens que quero beijar na boca, quero rolar na cama, quero compartilhar segredinhos ínfimos, quero viver fantasias.

Há umas semanas atrás eu decidi, diante de um amigo, que meu alvo agora seriam os "feinhos". Ok, isso pode ser muito mal interpretado, mas foda-se, porque estou cada vez menos aí. É, eles te acham linda, dão menos trabalho, te ligam no dia seguinte, te querem, te acham interessante. Enfim, eles se fazem presente. Tá, isso também não é regra. E não adianta um "feinho" desinteressante. Tem muito "feinho" estilosérrimo por aí que é muito mais interessante do que uns "lindões" que são meros cartões de visita. Não dá, né?

Minutos após eu concluir que a vida seria mais generosa comigo com um "feinho" a tiracolo, ele surgiu. Ele não é tão feio, mas não é tão bonito. Tem estilo, é bacana, tem bom papo, tem bom gosto e gostou de mim. O que mais eu quero?

Depois de alguns minutos de conversa e eu já desnorteada pela meia garrafa de vinho, nos beijamos. O beijo era bom e também aquelas mãos me apertando. O rapaz tinha futuro e usava all-star.

Voltei para casa e logo recebi um sms dizendo que eu era linda. Teoria 1 = confirmada. A teoria 2 foi confirmada no dia seguinte, pois o rapaz ligou dizendo que queria me ver de novo. Depois me achou no orkut, depois me mandou email e disse que tinha me achado interessante. Enfim, todas as teorias que listei para o meu amigo se concretizaram na prática.

Convidei-o para um café em casa. Batemos muito papo, demos muitas risadas, mostrei minhas bandas favoritas a ele, me senti uma adolescente, tomei vinho e ele não [ele não bebe... defeito 1 quando você, se rolar algo além, não terá um companheiro de copo], nos beijamos, nos despedimos e ele perguntou se ia me ver de novo.

Não vou fazer cu doce [hoje estou desbocada e foi isso que levou meu último namoro à ruína... preciso conter a língua... maldita por vezes!] porque não faz meu estilo. Se estou afim, deixo claro que estou. É meu lado mais masculino.

Nesta última sexta-feira ele aterrizou aqui em casa à noite e só posso dizer que a noite foi uma delícia, além de termos conversado muito [inclusive sobre nossos relacionamentos falidos], rido bastante, ouvido muita música e dormido grudadinhos.

Na despedida, a mesma pergunta "vou te ver de novo?".

O curioso é porque daí eu me deparo com teorias femininas falidas: gostamos mesmo de homens que não estão muito aí com a gente, pois quando ele está todo à nossa disposição, todo fofo, todo nos querendo, todo disponível... a gente trava!

Eu não estou acostumada com isso. Confesso! Ultimamente as coisas tem sido mais ou menos assim eu não sei lidar. Fico perguntando: "ah, será que estou afim?", "hmmm... será que no fundo eu me boicoto o tempo inteiro, porque não quero namorar?", "saco, será que gosto mesmo de homem malandro?", "será que eu não devo dar uma chance e deixar rolar, porque pode ser muito bom?".

Aí penso nas outras quatro opções que andam à minha volta. Todas muito incertas e parecendo até estar mais na minha imaginação do que calcado no mundo real!

E agora vou ao cinema e bater papo com mulher, porque é nelas que a gente se vê um pouco e talvez seja por isso, que elas me irritam tanto!

Postado por Desiree às 5:38 PM |