terça-feira, setembro 13, 2005
true love

Sábado fui almoçar com amigos. Após o almoço comprei um perfume apenas porque ele me lembra Paris. Tenho tantas lembranças boas de lá. Hoje estou usando-o e Paris está presente no meu dia. E ele traz lembranças fortes, deliciosas e também perguntas de como teria sido a minha vida se na época eu tivesse mudado alguns detalhes.

Já me apaixonei algumas dezenas de vezes, mas uma das mais fortes foi na cidade das luzes. Não, não foi lá, mas iniciou-se lá num ônibus rumo ao sul. Foi daquelas paixões arrebatadoras, que faz meus olhos brilharem cada vez que lembro dela. E faz tanto tempo. Incrível como eu mudei desde então. Quando voltei à minha cidade, ainda tinha aquela paixão latejando dentro de mim, tanto que as pessoas pelas quais me interessei depois disso tinham a ver fisicamente com ele. A segunda maior paixão da minha vida foi justamente uma pessoa que conheci e que lembrava-o demais. Já com essa história nova rolou um namoro que durou uns dois anos. E engraçado como são as coisas, pois há um filme que parece demais com minha paixão parisiense e meu namoro terminou após o filme, que era justamente a continuação do filme que contava minha história. Foi como viver dois fins numa só noite.

Ando pensando em paixões. Andei numa fase turbulenta e ao mesmo tempo que eu tinha uma ânsia de conhecer alguém que fizesse minhas pernas tremerem, eu me boicotava. Teve o Brian, que foi a primeira pessoa pela qual eu me interessei após o final do meu namoro, mas foi um tesão intelectual que não deu em nada e tornou-se uma simples lembrança de que sim, é possível eu me apaixonar de novo, pois quando histórias fortes terminam, nos sentimos incapazes de apaixonar novamente. É como se tivéssemos vivido nossa última história.

Mas agora estou terminando de tirar o pó do que restou e sonhando novamente. Talvez a possibilidade de uma nova história que se delineou neste final de semana, seja apenas um sinal de que devo seguir em frente e parar um pouco de olhar para trás. Apenas isso. Possibilidades são múltiplas, assim como são múltiplas as maneiras de se apaixonar, de se querer, de se entregar, de viver.

Instigada estou, mas sinto no meu íntimo que foi apenas uma chacoalhada e, de repente, o futuro [em alguns aspectos] passou a importar menos, pelo menos neste instante.

A coisa boa é que o mundo parece estar entrando no eixo...

Postado por Desiree às 2:20 PM |