Vivo numa cidade grande e movimentada. Estou sempre cercada de amigos, badalando em festas, conhecendo gente nova, indo ao cinema... resumindo: estou sempre em movimento constante e cercada por pessoas.
Há alguns meses atrás terminei (ou terminaram comigo) um namoro de dois anos. Era um namoro que vivia constantemente em altos e baixos, mas era bom. Eu acreditava que ele era o homem da minha vida e ele acreditava que eu era a mulher da vida dele. O problema é que quando estávamos juntos toda essa badalação que rola solta à minha volta, sumia. Ele preferia ficar a sós comigo e preferencialmente em casa. Isso me irritava um pouco, pois eu achava que estava sempre perdendo alguma coisa.
Na cama nossa relação era orgástica e onde melhor funcionava. Sempre trazíamos nossas fantasias para ela e nos divertíamos muito. De uns tempos para cá ele estava envolvido com tantos problemas que o sexo parou de funcionar. Quer dizer, não havia sexo, pois não havia cabeça para isso. Eu ficava frustrada, mas tentava entendê-lo. Claro que minha auto-estima ficou abalada, pois eu achava que ele não tinha mais tesão por mim, mas ele negava veemente. E claro, provava que eu estava enganada.
Quando nosso namoro terminou, fazia um mês mais ou menos que eu não transava. Minha pele gritava denunciando a falta de sexo na minha vida. Quando constatei que realmente não tinha volta, eu para afogar as mágoas saí para dançar decidida a encontrar alguém. Que coisa péssima! Me senti num dia de caça e chegando lá eu relaxei e decidi que iria curtir os amigos que por acaso encontrei.
Ter amigos gays é sempre uma via de duas mãos. Às vezes funciona, às vezes não. Como estava carente, dois amigos resolveram me beijar e até me causaram uma felicidade instantânea. Eu lá no meio daquele monte de gente beijando dois homens lindos.
Foi quando reparei num cara bem estranho dançando próximo a mim. Comecei a flertar. Trocamos sorrisos, olhares e minutos depois estávamos dançando juntos. Ele até era bonito, mas totalmente estranho. Quase freak. Mas eu gostei justamente disso, apesar que o cabelo dele me incomodava bastante.
Demorou um pouco, mas acabamos nos beijando. Depois de algum tempo juntos e com as coisas esquentando, eu resolvi dar um jeitinho naquele desejo inflado que andava me consumindo. Não é apenas o homem que tem necessidade de sexo, nós mulheres também temos. Convidei-o para ir comigo para casa e lá fomos nós rumo a consumação carnal dos fatos.
Foi divertido, mas rápido. O corpo era bonito e ele sabia como fazer as coisas. Não foi um encontro orgástico. Aliás, cheguei a conclusão que orgasmos só rolam quando estou apaixonada, mesmo que seja por mim.
Essa foi a última vez que tive uma relação sexual na minha vida. Depois disso só tentativas frustrantes. Transar não é mais uma tarefa fácil. Não sei se é a idade, não sei se realmente estou com a auto-estima afetada a ponto de deixar isso estampado na testa, mas as poucas tentativas que rolaram nesses últimos meses foram frustrantes.
Estou cheia de espinhas, morrendo de tesão e louca por um casinho. O moço do cabelo estranho está disponível, mas não sei, não tive vontade de revê-lo a não ser em momentos de quase desespero.
Fui a uma festa há algumas semanas atrás. Bebi além da conta, tomei ecstasy e fiquei muito louca. No final da festa eu reparei num cara lindo, dono de olhos azuis brilhantes, que já tinha ficado com metade da festa. Agora era a minha vez! Quando vi estávamos nos beijando e logo em seguida, ele ciente da minha loucura, levou-me para um lugar “discreto” (na festa mesmo). Ficamos no maior auê, mas não rolou nada, pois o rapaz sofria de ejaculação precoce.
Fui embora desalentada. Quando estava chegando em casa, me dei conta de que o rapaz estava em frente ao meu prédio. Acabei levando-o para o meu quarto. Ficamos no maior amasso, mãos pra cá, mãos pra lá, beijos, língua. Quando finalmente ele foi colocar a camisinha, ele gozou! Fiquei passada. Olhei incrédula e respondi a ele o mesmo que ele falou para mim “não acredito”.
Postado por Desiree às 1:39 PM |
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