sexta-feira, abril 18, 2008
Ejaculações femininas
Sempre ouvimos falar que fulana é boa de cama. Raramente ouvimos falar que fulana não é boa. Simplesmente não se fala sobre ela.

Eu já tentei descobrir por aí o que é para os homens uma mulher boa de cama. Ouvi explicações plausíveis. Outras não muito. Já teceram elogios à minha pessoa. Outras vezes fui ignorada totalmente.

Sempre achei o que faz uma mulher ser boa de cama é ela gostar de sexo somado a estar com tesão pela pessoa com quem ela está transando. Claro que temos nossos dias ruins e isso pode nos acarretar desapontamento do outro lado. A verdade (no meu caso) é que mesmo no dia de extremo cansaço em que eu consigo pensar apenas na minha ducha e a cama na seqüência, se o ser que faz as minhas pernas tremerem, causa aquele frio na barriga e me excita incontidamente, não há cansaço que seja desculpa suficiente para eu arriar.

Óbvio que se namoramos isso passa a ter outra dinâmica, pois aí você pensa "ah, estou com o maior tesão, mas vou deixar para amanhã", afinal amanhã o ser estará lá disponível para o seu deleite. Ou se entrega a um sexo preguiçoso.

Infelizmente não é sempre que somos dotadas de sorte e pode ser que seja aquela oportunidade única. Aquele puto que só tem tempo para você justamente nos seus dias nada favoráveis. Apele para um energético e manda bala, porque essas coisas não dá para deixar passar. Fora que sexo relaxa, melhora o humor, devolve brilho aos olhos e a pele fica incrível. Quem não percebe?

A discussão veio à tona um dia desses quando eu e minha amiga estávamos trocando confidências para lá de calientes. É, todo mundo está careca de saber que a gente acaba contando detalhes mesmo. É feio, mas a gente fala, a gente ri, a gente fica com vontade, às vezes desdenha, reclama, fala do tamanho, se gozou ou não, se o cara é rápido ou devagar demais.

A melhor confidência que nos fez rir como crianças foi sobre a ejaculação feminina. Confesso, que pelo menos comigo, ela não rola sempre. Acontece em relações que o tesão é algo desmedido.

Minha amiga começou a contar a história da noite anterior. Lá estava ela com o namorado na cama quando se deu conta de que a cama estava molhadíssima. Riu feliz, comentou com o namorado (recente) que aquilo acontecera pouquíssimas vezes na vida e naquela intensidade era a primeira vez. E caiu "morta" ao lado dele. O moço, nerd de primeira linha, esticou o braço, pegou o laptop e em menos de um minuto mostrou alguns vídeos para ela de mulheres tendo ejaculações que a fizeram ficar inibida, pois a dela tinha sido uma merreca.

Eu amo nerds, mas depois do relato, eu decidi que só me jogo na cama com um caso não tenha qualquer laptop ou gadget à nossa volta. Cortar o meu barato assim e ainda mostrar que tem gente que vai mais longe poderia causar danos nocivos a ambos ocasionado pela minha brusca mudança de humor.

Por coincidência nós duas andamos com histórias similares na vida. Não tenho um namorado, mas fui abençoada por um moço nerd/gato/divertido/instigante/gostoso que tem causado feitos similares aos da minha amiga.

Claro que depois de um bom tempo sem sexo selvagem na minha vida e alguém fazendo eu virar os olhos literalmente, eu ando demonstrando todos os efeitos como pele boa, ser assaltada por pensamentos infames durante o expediente de trabalho acarretando em telefonemas escusos para sussurros abafados, ansiedade para a chegada do final do dia, aumento de apetite, bom humor exacerbado e cara de sonhadora (ou tonta se assim você preferir).

Então se algum dia você desconfiou que não é boa de cama eu aconselho rever o tipo de pessoa com quem você tem saído durante a sua vida. Se mesmo assim você achar que o problema está com você, eu dou duas alternativas:

- vá fazer terapia ou
- compre um bom vibrador e aprenda a se virar sozinha

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Postado por Desiree às 2:35 PM | 8 comments



segunda-feira, abril 07, 2008
4 mulheres e alguns anseios
Hoje saímos pela manhã em 5 pessoas para uma reunião, sendo apenas 1 homem no grupo. O caminho de ida e volta foi recheado de conversas profissionais e amenidades. No retorno ficamos apenas as 4 mulheres e mal o quinto elemento desceu do carro, a conversa já mudou de rumo totalmente e claro, os homens vieram todos à tona.

Ultimamente eu tenho tido muito pouca companhia feminina, sendo que a mais frequente está namorando, então há tempos que ela não me conta uma história tão picante ou desastrosa o suficiente para render um post. E eu sigo na luta sozinha. Me interessando aqui, escapando por ali. Sinto falta dos cafés recheados de amigas desesperadas à volta vomitando aos borbotões suas alegrias e desilusões. Talvez seja por isso que o blog esteja um pouco abandonado.

Hoje, porém, eu saí satisfeita do almoço, pois cada uma de nós tínhamos uma história atual muito distinta. Uma delas contou sobre sua separação após 15 anos de casamento e o que a levou a se separar foi que a relação se tornou burocrática. Ela ainda tentou um retorno poucos anos depois, porém o ex só queria arrancar-lhe uma coisa: o que ela tinha aprontado durante a sua ausência.

Enquanto nós mulheres nos preocupamos se a outra é mais bonita, os homens se preocupam se nós fomos para a cama com alguém. O problema não parece ser o fato de ter transado com alguém que não seja ele, mas o fato do outro ter sido melhor. Nós, mulheres, padecemos diante de futilidades também, mas geralmente centralizamos na beleza. Minha amiga se encheu e disse que estava com ele para tentar um futuro e não resgatar um passado. Novamente lhe deu um pé na bunda, afinal o que queria o moço? O seu diário escondido debaixo do colchão com todas as suas confissões?

Agora arrumou um casinho. Perguntamos se as coisas iam bem, porém ela está prestes a dar um novo chega pra lá, afinal o ser é separado, tem uma filha pré-adolescente e passa o tempo alugando minha amiga com seus problemas relacionados à filha. Como disse ela, mal se comprometeu e já está tendo que lidar com a parte chata da relação. Fora que as saídas tem sido geralmente a três.

A segunda amiga é a mais estável. Namora há 9 anos e atualmente mora com o namorado. Disse que nas crises que tiveram ela até pensou em tentar uma história nova, mas olhava a sua volta e achava tudo puro desalento. No trabalho ninguém a interessava, no círculo de amizade também não e pique para balada é algo que ela não tem. Agora já pensa em filhos e deixou a tentativa de uma história nova para lá. Vou mandar o link do par perfeito para ela.

A terceira, a mais nova das quatro, ao ouvir os relatos de filhos, preocupação com o prazo de validade que parece que estampam em nossas testas "tenha um filho agora, seu tempo está acabando", disse não conseguir visualizar qualquer futuro a dois. Até se apaixonou no ano passado. O rapaz tinha um filho e ela desistiu dele quando ele sugeriu deles irem morar juntos, mas o filho ficaria com os pais. Logo o filho que era justamente o que a fazia mais feliz na relação. Desconsolada por ele deixar o filho em segundo plano, ela deu um basta e descobriu que o que a mantinha com ele era de fato o enteado.

A quarta, neste caso EU, anda numa fase montanha-russa. Passa dias babando em algumas possibilidades, mas logo se desinteressa por incompatibilidades vindas à tona. O problema, obviamente neste caso, é que nessas desilusões ela dá uma corridinha lá atrás e revira seu passado para sofrer um cadinho, como se isso fosse ensiná-la que deixar as coisas rolarem é mais legal do que ficar pensando nas combinações com seus pretendentes.

50% do grupo está sozinha e 25% está pensando em ficar. Desconfio que não é uma estatística favorável, mas ainda há chances! Eu não me preocupo muito com o tal relógio biológico, talvez porque aquela vontade incrível de ter um filho ficou há muito para trás no dia em que o último pretendente a homem da minha vida partiu.

Claro que eu não dispenso uma boa história, mas acho que ando tendo um problema de interesse, pois o seres que me despertam a vontade de ter boas histórias não se interessam o suficiente por mim para querer também e os que se interessam por mim não me atiçam o suficiente para eu seguir adiante.

Hoje tudo que eu queria era só um pouco de emoção, porque repentinamente a segunda-feira ficou bege. Alguém sabe uma farmácia que venda borboletas para serem soltas no estômago?

Postado por Desiree às 10:25 PM | 8 comments



terça-feira, abril 01, 2008
It's raining man... aleluia!
Passada a fase namorofóbica, afinal sou uma mulher de fases que raramente sabe bem o que quer, cá estou em uma fase querendo namorar. Vamos ver quanto tempo dura!

Vi-me no casulo por algum tempo por diversas razões. Fases na vida em que é melhor se recolher do que dividir sua chatice com alguém. Se precisa passar meses a fio reclamando é melhor pagar um terapeuta. Eu falo pelos cotovelos, mas nos meus momentos extremamente femininos, eu me tranco e tento nem dar muita vazão às minhas neuras, pois elas de fato não merecem. Então mergulho nas futilidades das revistas e televisão para simplesmente não pensar.

Pois bem... sair da toca representa voltar ao mundo e claro, às tentações. Eu geralmente não sou boa para lidar com elas, já que me entrego a maioria sem muito pudor.

Andei espalhando de forma bem-humorada a quatro ventos e, só faltei enviar carta registrada, que eu quero um namorado. Confesso que essa tarefa é bem divertida, porque as pessoas param, te olham e ainda ficam preocupada te levando extremamente a sério. Pensam, e às vezes passam dias, em todas as pessoas que conhecem e quem seria o seu par perfeito. Como eu tenho preguiça para isso, eu decidi dar o trabalho sujo ao amigos e eles até que andam cooperando.

Na semana passada me deparei com um casal que não só queria me ajudar, como também queria ajudar um amigo "carente". Eu sempre acredito que a história funciona bem se apenas um dos dois "interessados" sabe que tem um cupido ali trabalhando a favor dele, senão a situação se torna constrangedora. Foi assim que aconteceu. Nunca fui tão tímida quanto neste encontro, que por sorte tinha ainda um outro amigo, ou seja, o meu casal de amigos e mais dois amigos disponíveis, então não ficou uma situação forçada. Inicialmente eu não tive interesse por nenhum dos dois, pois quando você conhece alguém e este alguém está bêbado, nada além da aparência lhe convém. E conversa de bêbado não muda muito e raramente me interessa se eu estou sóbria.

Fui embora e ainda deixei a impressão que tinha rolado uma química com o outro amigo, mas meu tipo físico, que não é muito exigente, gosta mesmo de um tipo diferente.

Nesta mesma semana, também através de amigos, eu conheci um ser potencial. Este já me pegou de primeira pelo físico. Não que fosse necessariamente bonito, mas estiloso e com cara de nerd. Alto, bem-humorado, inteligente, bom gosto musical e um ótimo papo. Passamos a noite inteira conversando, rindo e dançando. Os amigos sumiram e quando me dei conta eu estava atirada nos braços do rapaz, que não tardou a sumir (não de forma tão rápida quanto parece no post, mas apenas para não me estender).

Se não bastasse surgiu um terceiro em um momento de trabalho alguém que me deu uma estremecida. Trocamos vários emails até nos encontrarmos e pelo apelido eu não sabia se era homem ou mulher. Quando finalmente o interfone tocou e eu atendi, eu sorri animada, afinal a pessoa com quem eu andava falando há alguns dias me parecia muito interessante e eu ficaria desapontada se fosse do sexo feminino.

Enquanto aguardávamos os demais para o trabalho, ficamos um bom tempo conversando, bebendo e eu cada vez mais me convencia de que ele era a pessoa mais interessante (em todos os sentidos) que eu tinha conhecido nos últimos tempos. O tipo com quem converso horas a fio e o tempo simplesmente desaparece. Fiquei uns dias pensando nele. Sabe quando você acha que é a sua alma gêmea? Que vocês sempre terão assuntos novos para falar, lugares para ir, experiências para trocar? Isso sempre é um problema...

E além dos três, ainda tem o do post anterior que também me causa frio na barriga demais, mas que achei que pela dificuldade toda envolvida foi melhor fingir que nada aconteceu entre nós.

E no resumo geral eu posso até afirmar que houve uma recíproca. O primeiro saiu para me encontrar novamente; o segundo me procurou uma semana depois; o terceiro teve que refazer o trabalho comigo porque deu problema na primeira versão e o último achei melhor me fingir de morta, além de um quinto que resolveu ressurgir das cinzas e por mais interessante que um dia ele tenha parecido, hoje acho simplesmente que não combinamos (?).

Em tempos de vacas magras, estou achando que o universo anda conspirando a meu favor. Talvez eu tenha reclamado o suficiente para ele se cansar e resolver cooperar um pouquinho. Eu estou no momento em que não sei para onde vou e no que invisto. Sei que quem muito quer, costuma nada ter, mas como passei um tempo de mãos abanando, eu não estou muito preocupada, afinal chega de chateação nesta vida!

Só posso atribuir esta bonança à chegada do outono. Espero que ele seja bem longo....

Postado por Desiree às 12:05 AM | 2 comments